Disse o poeta que é preciso decretar o fim-do-mundo... Hoje em dia o decreto já foi lançado e há quem diga que vivemos nossos últimos dias de inglórias vitórias. Porém, não é por isto que culparemos os fatos e deixaremos com que eles digam por si mesmos, afinal, os fatos são aquilo que fazemos todos os dias... Assim, a perspectiva aparece mais ampla se considerarmos nossa capacidade de ação sem cair na armadilha sedutora da individualidade.
Que estamos todos na lama não é novidade, mas, até aí considerar o brejo como último estágio antes da morte por afogamento, parece demasiado fatalismo ou "cena patético-dramática"...
Enfim amiguinhos! Se neste mundo tudo está sob controle - inclusive toda sorte de privações - seria, no mínimo, divertido atrapalhar a desordem em que vivemos. Como não podemos ajudar a manter as coisas como elas estão, nos resta atrapalhar. Como não podemos dançar conforme a música, nos resta virar o disco. Como não queremos nos afogar, nos resta atolar.
De brejo em brejo a vaca muge espalhando lama e comendo grama sempre feliz e contente em estar, no mínimo, ali presente. Fala vaca!!!
Marcia Bernrades e Ieltxu Martinez Ortueta
Os Kapota
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