quinta-feira, 13 de março de 2008

11 de Março

Nesta semana, no mesmo dia em que as vítimas do atentado ocorrido há quatro anos na grande Madrid, mais conhecido como o “11 M”, receberam homenagens póstumas de seus concidadãos, dezenas de paquistaneses morreram em duas explosões simultâneas na cidade de Lahore e bombas que explodiram em vários pontos do Iraque, resultaram na morte de mais tantas pessoas.

Não seria exagero dizer que, apesar das aparências, estamos em guerra, pois só o “estado de guerra” – providencial invenção apaziguadora de consciências – justifica o injustificável. Não é normal que um trem voe pelos ares matando centenas de pessoas ou que dezenas de pessoas se explodam em seu local de trabalho. E apesar desta anormalidade, este tipo de ação continua sendo seguidamente adotada.

O mais curioso deste panorama são as motivações, os porquês de se adotar este tipo de medida e não outras e, é possível encontrar na palavra defesa uma das justificativas mais eficazes para a barbárie. Defender a soberania, defender a crença, defender o território, defender a riqueza, defender a democracia; defender-se da invasão, defender-se do ataque, defender-se da ameaça, defender-se da defesa alheia... Ainda mais curioso é que se defende de tudo, menos a liberdade individual.

Um velho ditado diz que errar humano, porém, insistir no erro é coisa de burro. Pelo andar da carruagem, aqui estamos nós: cada dia mais burros, cada dia menos humanos.